BULIMIA NERVOSA
BULIMIA NERVOSA
A
Bulimia Nervosa é um transtorno mental que se caracteriza por episódios
repetidos de ingestão excessiva de alimentos num curto espaço de tempo (as
crises bulímicas), seguido por uma preocupação exagerada sobre o controle do
peso corporal, preocupação esta que leva a pessoa a adotar condutas inadequadas
e perigosas para sua saúde. A Bulimia Nervosa também acomete preferentemente a
mulheres jovens ainda que algo maiores que em Anorexia.
Os
sintomas mais freqüentes são:
- Comer
compulsivamente em forma ataques de fome e a escondidas,
- Preocupação constante em torno da comida e do peso,
- Condutas inapropiadas para compensar a ingestão excessiva com o fim de não ganhar peso, tais como o uso excessivo de fármacos, laxantes, diuréticos e vômitos auto-provocados.
- Manutenção do peso pode ser normal ou mesmo elevado,
- Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes,
- Mudanças no estado emocional, tais como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio para si mesma.
- Preocupação constante em torno da comida e do peso,
- Condutas inapropiadas para compensar a ingestão excessiva com o fim de não ganhar peso, tais como o uso excessivo de fármacos, laxantes, diuréticos e vômitos auto-provocados.
- Manutenção do peso pode ser normal ou mesmo elevado,
- Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes,
- Mudanças no estado emocional, tais como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio para si mesma.
Vários
estudos epidemiológicos demonstram um aumento na incidência de alguns dos
Transtornos Alimentares (Hsu, 1996) concomitante à evolução do padrão de beleza
feminino em direção a um corpo cada vez mais magro (Garner & Garfinkel,
1980), notadamente da Anorexia e da Bulimia nervosas. A Anorexia e a Bulimia
parecem ser mais prevalentes em países ocidentais e são claramente mais
freqüentes entre mulheres jovens, especialmente aquelas pertencentes aos
estratos sociais mais elevados destas sociedades, o que fortalece sua conexão
com fatores sócio-culturais.
É
por isso que alguns pesquisadores entendem os Transtornos Alimentares como
síndromes ligadas à cultura. As síndromes ligadas à cultura são constelações de
sinais e sintomas que se restringem a determinadas culturas em função das
características peculiares das mesmas.
De
acordo com esta concepção, a pressão cultural para emagrecer é considerada um
elemento fundamental da etiologia desses transtornos, os quais, juntamente com
fatores biológicos, psicológicos e familiares acabam gerando uma preocupação
excessiva com o corpo, um medo anormal de engordar e uma ansiedade
marcantemente acompanhada de alterações do esquema corporal. Essas são, pois,
as características da Bulimia e da Anorexia.
Em
nível pessoal e neurológico, as condutas de alimentação estão normalmente
reguladas por mecanismos automáticos no sistema nervoso central (SNC). A
sensação de fome tem origem dupla; tanto em estímulos metabólicos, quanto em
receptores periféricos situados na boca e no tubo digestivo. Induz-se a
sensação de apetite, que desencadeia conduta de alimentação. A sensação de
saciedade faz cessar os estímulos da fome e se detém o processo. As pessoas
normais apresentam algumas reações adaptadas aos estímulos de fome e de sede,
com respostas corretas para a saciedade.
Há
tempos se reconhece o hipotálamo como o local onde se situam os centros da fome
e da saciedade mas, será no córtex cerebral o local onde se desenvolvem
mecanismos mais complexos relacionados à alimentação.
Embora
o processo da alimentação (fome, sede, saciedade) possa parecer
fisiologicamente automático e elementar, como dissemos, eles não ocorrem apenas
nos elementos neurobiológicos que regulam a conduta alimentar. Eles também
estão vinculados à experiências vivenciais prévias. Portanto, existem outros
mecanismos mais complexos e relacionados com nossas experiências psicológicas
(sentimentos de segurança, bem estar e afeto que se experimentam a através do
peito materno na lactação, antecedentes pessoais de carência extrema, etc.)
regulando o processo da alimentação.
Também
se relacionam ao ato de comer, nossas experiências sociais, tomando-se por base
o fato de que o ato de comer tenha um aspecto eminentemente social e cultural.
Normalmente as características dos alimentos definem os diferentes grupos
culturais. Assim, culturalmente se diz "dieta mediterrânea, comida americana,
italiana, indiana..., pratos típicos, menus tradicionais...., etc". Dessa
forma, o ato de comer sempre foi e continua sendo um fenômeno de comunicação
social. Através da comida o grupo social se sente reúne e se identifica, de tal
forma que na maioria dos atos sociais a comida ocupa um lugar de destaque.
Devido
a esses múltiplos aspectos atrelados ao comensalismo, existem muitas
possibilidades de que o processo natural de alimentar-se varie no tempo e na
cultura. Em algumas ocasiões a causa dos Transtornos Alimentares pode ser
física, decorrente de doenças que dificultam o processo da alimentação ou
alteram o aproveitamento normal dos alimentos, outras vezes, entretanto, o
processo da alimentação pode alterar-se por fatores sociais, tais como a
religião, cultura, status, moda etc...
Assim
sendo, além da Anorexia e da Bulimia, existem outros Transtornos Alimentares
importantes, tais como a obesidade ou a falta de apetite conseqüente a doenças
que físicas e transtornos emocionais, ou simplesmente desencadeadas por uma
serie de fatores psicológicos, sócio-culturais e educativos.
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